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quinta-feira, 14 de maio de 2015

A pedido de Eliziane, CPI vai ao Maranhão investigar cancelamento de refinaria


A CPI da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (14) requerimento que prevê visita técnica destinada a colher informações sobre o cancelamento do projeto para construção da refinaria Premium, no Maranhão. O pedido foi apresentado pela deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) e aceito por unanimidade na comissão.

A ideia é formar um grupo de parlamentares, entre eles a própria Eliziane, para inspecionar o canteiro de obras do empreendimento, que foi cancelado em janeiro deste ano pela Petrobras. Só na fase de projetos e de adaptação viária, a estatal gastou R$ 2 bilhões. 

Em depoimento à CPI, ocorrido no início da semana em Curitiba, o doleiro Alberto Youssef disse que houve pagamento de propinas para viabilizar a construção de Premium I. 

“A confirmação de que houve suborno para que o contrato da Petrobras fosse firmado com as empreiteiras levou a comissão parlamentar de inquérito a aprofundar a investigação sobre a Premium I. A propina beneficiou políticos, empresários e operadores do esquema de corrupção que se instalou na estatal do petróleo. É um caso grave que tem agora total atenção do Congresso Nacional”, justificou a deputada maranhense.

O doleiro Alberto Youssef disse ainda que operou em negócios ilícitos com líderes do PP, PMDB e PT. No Maranhão, Youssef revelou que o primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), recebeu propinas da corrupção na Petrobras.

A data da visita técnica da CPI da Petrobras ainda não foi definida, mas é provável que ela ocorra em junho.

Sócios de doleiro
Os deputados da CPI da Petrobras aprovaram ainda nesta quinta-feira (14) requerimento de Eliziane Gama que convoca Rafael Ângulo Lopez para prestar depoimento na comissão.

Ele é réu na Operação Lava Jato e também ligado ao doleiro Alberto Yousseff, De acordo com as investigações, Lopez era funcionário da GFD Investimentos, empresa do doleiro. Segundo as denúncias, Lopez ajudava Youssef a controlar a contabilidade das operações. A GFD aparece nas apurações da Lava Jato como uma das empresas usadas por Youssef para lavar dinheiro. O doleiro é acusado de chefiar um esquema de desvio e lavagem de dinheiro, estimado em R$ 10 bilhões.

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Diniz