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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Valéria Macedo destaca estudo da Fundação Oswaldo Cruz sobre Enfermagem




A deputada Valéria Macedo (PDT) esteve presente na divulgação dos dados da Pesquisa Perfil da Enfermagem nesta quinta-feira (11). O estudo foi realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e apoio do Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão.

A pesquisa sobre o Perfil da Enfermagem, considerada a maior pesquisa da América Latina, segundo a coordenadora do projeto elaborado pela Fiocruz, Maria Helena Machado, e por sua equipe, foi realizada em aproximadamente 50% dos municípios brasileiros e em todos os 27 estados da Federação, incluindo desde profissionais no começo da carreira (auxiliares e técnicos, que iniciam com 18 anos; e enfermeiros, com 22) até os aposentados (pessoas de até 80 anos).

Para a deputada Valéria Macedo, além de conhecer mais apuradamente o retrato dos profissionais de enfermagem, o objetivo da pesquisa é ajudar na implantação de politicas públicas e ações que valorizem a profissão da Enfermagem no Maranhão.

“O resultado dessa pesquisa mostrou cientificamente o que já sabíamos empiricamente. Venho lutando desde 2011 pela valorização da classe. Acredito que existam três pilares que são fundamentais para essa valorização que são a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, o plano de cargos e carreira e a realização de um grande concurso público na área da saúde. Esses são os três pontos importantes e que venho lutando há algum tempo”, ressaltou a parlamentar.

PESQUISA

A pesquisa foi realizada em todo o estado do Maranhão, ouvindo auxiliares, técnicos e enfermeiros, num total de mais de 42 mil profissionais. A enfermagem hoje no Maranhão é composta por um quadro de 75% de técnicos e auxiliares e 25% de enfermeiros.

No quesito mercado de trabalho no Maranhão, 55,2% das equipes de enfermagem encontram-se no setor público; 46,2% no privado; 2,7% no filantrópico e 5,9% nas atividades de ensino. No Estado, 54,2% da equipe de enfermagem declaram desgaste.

Considerando a renda mensal de todos os empregos e atividades que a equipe de enfermagem exerce, constata-se que 5,5% de profissionais na equipe recebem menos de um salário-mínimo por mês. A pesquisa encontra um elevado percentual de pessoas (41,8%) que declararam ter renda total mensal de até R$ 1.000. Dos profissionais da enfermagem, a maioria (60,7%) tem apenas uma atividade/trabalho.

Os quatro grandes setores de empregabilidade da enfermagem (público, privado, filantrópico e ensino) apresentam subsalários. O privado (42,1%), o filantrópico (29,6%), o público (28,9%) e o de ensino (19,9%) praticam salários com valores de até R$ 1.000. Nestes, os vencimentos de mais de 40% (filantrópico), 46% (ensino), 55% (público) e 59% (privado) do contingente lá empregado não passa de R$ 2.000.

A equipe de enfermagem no Maranhão é predominantemente feminina, sendo composta por 87,7% de mulheres. É importante ressaltar, no entanto, que mesmo tratando-se de uma categoria feminina, registra-se a presença de 12% dos homens. “Pode-se afirmar que na enfermagem está se firmando uma tendência à masculinização da categoria, com o crescente aumento do contingente masculino na composição. Essa situação é recente, data do início da década de 1990, e vem se firmando”, afirma a coordenadora.

O desejo de se qualificar é um anseio do profissional de enfermagem do Maranhão. Os trabalhadores de nível médio (técnicos e auxiliares) apresentam escolaridade acima da exigida para o desempenho de suas atribuições, com 17,7% reportando nível superior incompleto e 5,2% tendo concluído curso de graduação.

Dificuldade de encontrar emprego foi relatada por 73,7% dos profissionais de enfermagem. A área já apresenta situação de desemprego aberto, com 13,4% dos profissionais entrevistados relatando situações de desemprego nos últimos 12 meses. Mais da metade da equipe de enfermagem (60,7%) se concentra na Capital.

PRESENÇAS

Estiveram presentes no evento, o presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Manoel Neri; presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão, Enfermeiro Carlos Eduardo de Castro Passos; coordenadora geral da Pesquisa pela Fiocruz, Dra. Maria Helena Machado; coordenadora Institucional do Cofen na Pesquisa e Conselheira Federal no Cofen, Dra. Dorisdáia de Humerez; secretário estadual de Saúde, Dr. Marcos Pacheco, entre representantes dos sindicatos, associações e profissionais em geral.

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Diniz